quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

TE CONHECER

Ministerio Trazendo a Arca

Tudo o que eu quero está em ti
toda a minha vida eu te entrego
pois não há outro além de ti
tudo o que eu possa conquistar
não se compara à tua presença
nem ao prazer de te adorar

Dias vem dias vão e em meu coração
só aumenta o desejo de te encontrar
agradecido eu sou pelo que já recebi
mas não estou satisfeito, eu quero mais

Te conhecer
E prosseguir em te conhecer
Esse é o alvo da minha vida, Senhor
Te conhecer
E prosseguir em te conhecer
É tudo o que eu quero pra minha vida, Senhor

Eu quero te ver como nunca te vi
Tocar-te e sentir tuas mãos me tocar
Podes fazer em mim o que tens que fazer
Quero ser segundo teu coração

Te conhecer
E prosseguir em te conhecer
Esse é o alvo da minha vida, Senhor
Te conhecer
E prosseguir em te conhecer
É tudo o que eu quero pra minha vida, Senhor
Tu és o alvo da minha vida, Senhor

http://www.vagalume.com.br/ministerio-trazendo-a-arca/te-conhecer.html#ixzz18wCBtgp6

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ja vai passar...

Quando você não tem mais nada prá dizer
e tem certeza que o show já terminou
você não sente mais razão para viver
e a solidão sobre você desabou
    Você quer encontrar a força que precisa pra continuar tentando
    você quer econtrar a mão amiga que enxugue o seu pranto
Não lhe restou nenhuma gota de alegria
e a esperança no fim parece estar
Deus lhe sussurra: "Espere mais um dia,
essa dor é passageira e tudo já... Vai passar !!!!"

     Já vai passar, já vai passar...

E você continua indo em frente
e vai cantando ao seguir aquela estrada
seu coração até ja bate diferente
pois você viu aquela luz tão esperada
    Você quer encontrar a força que precisa pra continuar tentando
    você quer econtrar a mão amiga que enxugue o seu pranto
E nestas horas, ah! como é bom saber
que o Senhor sempre ao seu lado estará
no fundo de seu coração diz pra você:
"Essa dor é passageira e tudo já... Vai passar !!!!

     Já vai passar, já vai passar...  

AUSENCIA

Vinicius de Moraes



Eu deixarei que morra em mim o desejo
de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa
de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa
como a luz e a vida

E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque
em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados

Para que eu possa levar uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como uma nódoa do passado.
Eu deixarei ... tu irás e encostarás
a tua face em outra face

Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei a minha face
na face da noite e ouvi a tua fala amorosa

Porque meus dedos enlaçaram os dedos
da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência
do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só
como os veleiros nos portos silenciosos

Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A TRISTEZA PERMITIDA

 (Marta Medeiros)

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sobre o recente protesto contra a Universidade Presbiteriana Mackenzie

Em protesto ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), publicado desde 2007 no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie contra o PL 122/2006 (conhecido como “lei anti-homofobia”), um grupo de ativistas organizou uma manifestação no dia 24 de novembro de 2010, por volta das 18h, em frente à universidade. Com previsão de mais de três mil participantes, o evento contou somente com cerca de 400, que se postaram diante dos portões da instituição, na Rua Itambé. Em seguida, o grupo deslocou-se do Mackenzie para a Avenida Paulista com um número já bastante reduzido, conforme anunciado por diversos veículos de comunicação como a Globo News, a Folha de São Paulo, a CET, o site da UOL e dezenas de outros sites informativos. Na universidade, as aulas transcorreram normalmente.

A oposição da IPB ao projeto de lei se baseia não só no senso comum e em análises jurídicas especializadas (que consideraram o projeto “inconstitucional”), mas sobretudo nos princípios cristãos que norteiam tanto a denominação quanto o Mackenzie. Não há novidade nisso: quando se matriculam na instituição, os alunos assinam o contrato de serviços educacionais, em que há uma cláusula explicando esse caráter confessional. Isso não significa perseguição a quem não subscreve essas bases cristãs, muito pelo contrário: não há registro na história da universidade de casos de discriminação de qualquer tipo, seja contra alunos homossexuais, seja contra alunos que professam outras religiões, ou nenhuma. Todos têm acesso aos mesmos benefícios, como bolsas de estudo.

No entanto, desde o momento em que a publicação do texto da IPB no site do Mackenzie foi “descoberta” pelos ativistas neste ano, a igreja, a universidade e a pessoa de seu Chanceler têm sido duramente atacados e acusados de “homofobia”. Filmados em vídeo, os manifestantes pediam a demissão do Chanceler, cuja foto foi estampada em diversos sites homossexuais acompanhada de palavras de ódio. A virulência que caracterizou essas expressões de indignação, mesmo antes da aprovação do projeto, confirma o quanto é perigoso que a sociedade se veja refém de uma minoria militante, que procura impor seus pontos de vista por meio de pressão e difamação, não admitindo que pessoas, igrejas e organizações cristãs simplesmente afirmem ser a conduta homossexual um pecado.

Para detalhar melhor sua postura bíblica — que se fundamenta no amor, não no separatismo, e prega o respeito a todos —, cristãos que partilham da mesma visão sobre o homossexualismo se uniram para elaborar o manifesto “Universidade Mackenzie: Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa”. O texto foi reproduzido em cerca de oito mil sites cristãos e conservadores, recebendo mais de 36mil citações na internet. Traduzido para idiomas como alemão, espanhol, francês, holandês e inglês, foi postado em sites de diversos países estrangeiros, como Estados Unidos, França, Alemanha e Portugal. Centenas de manifestações de solidariedade à postura do Mackenzie foram veiculadas em diversos meios, inclusive no conhecido blog de Reinaldo Azevedo (articulista da revista Veja), um dos comentaristas políticos mais lidos e respeitados do país. Respondendo às acusações de “homofobia” com argumentos sólidos e bíblicos, os cristãos creem que sua postura contribuiu para que a manifestação de repúdio ao documento da IPB tenha recebido tão pouca adesão do público.

Nós, cristãos, estamos alegres e gratos por todo o apoio recebido e pelas orações do povo de Deus em favor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e de seu Chanceler, o Rev. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Instamos o povo de Deus a que se una também em súplicas e intercessões para que o Deus todo-poderoso derrame seu Espírito Santo sobre a igreja evangélica neste país. Necessitamos com urgência de um avivamento, de forma que o Cristo crucificado seja exaltado, os crentes sejam santificados, a Escritura Sagrada seja pregada com liberdade, pecadores se convertam e nosso país seja transformado, para a glória do Deus trino da graça.

Este pronunciamento é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Universidade Mackenzie: em defesa da liberdade de expressão religiosa


A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.
Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Poema para Tim

Salgueiro chorão com lágrimas escorrendo,
por que choras e fica gemendo?
Será porque ele lhe deixou um dia?
Será porque ficar aqui ele não mais podia?
Em teus galhos ele se balançava,
e ainda esperas a alegria que aquele balançar lhe dava?
Em sua sombra abrigo ele encontrou;
imagine que seu sorriso jamais se acabou...
Salgueiro Chorão pare de chorar!
Há algo que poderá lhe consolar:
Achas que a morte para sempre os separou,
Mas em seu coração para sempre ele ficou..."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Você tem experiência?

Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta:

“Você tem experiência?”


A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso e, com certeza, será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e, acima de tudo, por sua alma.



REDAÇÃO VENCEDORA:


“Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já tentei esquecer algumas pessoas,
mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas,
sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro.
Já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor,
mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre,
mas sempre era um “para sempre” pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo,
mas descobri que logo chegam novos,
e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas,
momentos fotografados pelas lentes da emoção,
guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
“Qual sua experiência?”.
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência.. . experiência.. .
Será que ser “plantador de sorrisos” é uma boa experiência? Não!
Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!

Agora, gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova”.



em: http://analistati.com/experiencia-quem-a-tem/

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CORAGEM....

“Filhos de Gondor, de Rohan, meus irmãos!
Vejo em seus olhos, o mesmo medo que antes me tirava a coragem.
Talvez chegue um dia em que faltará coragem aos homens, 
em que abandonaremos nossos amigos e trairemos a amizade.
Mas esse dia NÃO É HOJE !
Uma hora de lobos e escudos destruídos 
em que a Era dos Homens chegará a um fim catastrófico.
Mas esse dia NÃO É HOJE !   Hoje nós lutaremos!
Por tudo o que lhes é caro nesta boa terra 
eu os conclamo a resistir, homens do Oeste!”

(Discurso de Aragorn, herdeiro do trono de Gondor e comandate dos exércitos aliados, antes da última batalha da 3ª era - Sda:RR)

sábado, 2 de outubro de 2010

Beleza por cinzas

Para que haja doçura tem que haver algum sofrimento;
- Para que haja a beleza da chama tem que haver cinzas, algo tem que virar cinzas;
- Bênçãos vem do sofrimento, beleza por cinzas.
É como uma mão gigantesca pegando o favo e espremendo e dele sai o mel; como uma linda flor amassada e esmagada mas dela sai o perfume; como a bela música que sai da garganta de um pássaro quase que em dor, mas sai dele como uma canção... mesmo que seja triste, é tão terna!
É como o grande poeta inglês disse:
“As nossas canções mais ternas são aquelas que exprimem os pensamentos mais tristes”.
         Oração: Senhor, ajude-nos a não lutar contra as provações que você nos faz passar, os ferimentos que você nos faz ter ou as pancadas que você nos permite levar, ajude-nos a não apagar aquela bela canção mesmo que seja triste e agradecer ao senhor apesar das tristezas. Ajude-nos a estarmos dispostos a sermos golpeados e sermos esmagados, a sermos pressionados e machucados, estarmos em agonia, para que possamos exalar a sua doçura, sua fragrância, sua canção, sua beleza.
 Do que mais parece uma derrota nascem suas maiores vitórias.Você não poderia dar valor a saúde se não tivesse estado doente;você jamais entenderá a alegria até que você tenha conhecido a tristeza.
             Algumas das mais preciosas lições que nós aprendemos de Deus vem de experiências escuras, mas assim como diz uma antiga canção:
Ele me dá alegria em vez de tristeza;
Ele me dá amor que espanta o temor;
A luz do sol em lugar das sombras;
E beleza em troca de cinzas, me dá!

(trecho da obra "Como ser feliz de qualquer maneira", de Luz Para o Caminho)

sábado, 25 de setembro de 2010

SE

Se és capaz de manter tua calma, quando
todo mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa;

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não pareceres bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se, encontrando a Derrota e o Triunfo, conseguires
tratar da mesma forma a esses dois impostores;

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida;

De forçar coração, nervos, músculos, tudo !
A dar seja o que for que neles ainda reste,
E a persistir, assim quando, exausto, contudo,
resta em ti a vontade que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a simplicidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes;
se a todos podes ser de alguma utilidade,

E se és capaz de dar, segundo por segundo,
do implacável minuto, todo o esforço na corrida,
Tua é a Terra com tudo o que nela existe,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

Rudyard Kipling
Tradução de Guilherme de Almeida

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A Biblia e o Direito



Escrito por Guilhardes de Jesus Júnior    13-Oct-2006

  
A todo momento nos deparamos, na Academia, que se auto-intitula lugar de universalidade de conhecimentos, de debate de idéias, de liberdade da manifestação de pensamento, algumas falas tendentes a rechaçar o pensamento religioso, notadamente o cristão, normalmente tachando-o de fechado, retrógrado, antigo, contrapondo-o ao pensamento acadêmico moderno, aberto, flexível.
Pois bem. Justamente de onde deveria vir a abertura para que as pessoas se permitam descobrir os pensamentos contidos em determinadas obras, as pessoas normalmente colocam barreiras ao conhecimento. Refiro-me, em especial, à Bíblia, livro sagrado do cristianismo, um dos livros mais atacados no meio acadêmico, meio das “luzes” e das “liberdades”.

E tomo a liberdade de escrever estas linhas em primeira pessoa, por ser um assunto que me incomoda bastante. Chega a ser contraditório o discurso democratizante com as práticas cada vez mais segregantes em relação a quem expressa convicção religiosa. E justamente no lugar onde não deveria ocorrer. São professores detentores de ilustrados títulos, e alunos embevecidos com as bravatas de seus mestres, que se armam de escudos e lanças prontos a desqualificarem os textos contidos na Bíblia, e as pessoas que têm a coragem (isso mesmo, parece paradoxal, mas a coragem) de expressar sua filiação religiosa.

Que pena! Como perdem os arautos da dita racionalidade! E “racionalidade” construída por quem? A quem interessa o discurso (político) de desqualificação dos textos bíblicos?

Sem adentrar na seara da convicção religiosa, sempre digo em sala de aula que o estudante de Direito tem que ler a Bíblia. E o digo com a convicção de quem aprendeu a ler a Bíblia com o olhar do crente e o olhar do cientista. Mais especificamente em relação ao Direito, vemos nos livros bíblicos o alvorecer de todo um sistema jurídico nascido da saga de um povo, o povo hebreu, que a partir de seus patriarcas construiu um sistema sócio-político-religioso que se contrapôs a todas as sociedades antigas. A idéia de um Deus único, criador do universo, com vontade soberana sobre o destino da humanidade, que impunha responsabilidade na convivência dos homens entre eles e com a divindade, contrastou frontalmente com a idéia antiga de politeísmo e promiscuidade dêitica.

Um Direito que se imortalizou a partir da figura do grande legislador Moisés, o maior de todos os tempos (e não sou eu quem o digo, é Jayme de Altavilla, uma referência da História do Direito no Brasil), que acumula em si a experiência de ter sido general de exército no Egito, e a fé nascida no deserto, no auge de seu exílio, que o permitiu elaborar um dos maiores códigos jurídicos da Antigüidade.

Basicamente quatro são os livros que tratam diretamente de prescrições jurídicas na Bíblia. Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio trazem no bojo de seus escritos uma série de prescrições jurídicas, que incluem normas penais, civis, constitucionais, processuais. Regulamentação do falso testemunho, penas contra o suborno de juízes, princípio da igualdade, função social da propriedade, dentre outros.

Engana-se quem pensa somente haver prescrições religiosas na Bíblia. Engana-se ainda mais quando imagina que os textos bíblicos fazem parte de alguma espécie de alegoria criada pela Igreja para se garantir num sistema de poder. Nas próximas edições do “É Direito” continuaremos a mostrar aspectos sociais da Aliança de Deus com os homens. Por enquanto fiquem abaixo com esta passagem do Deuteronômio, provenientes de uma ordem dada aos juízes hebreus: “Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem tomarás subornos; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras dos justos. A justiça, a justiça seguirás; para que vivas, e possuas em herança a terra que te dará o Senhor teu Deus”. (Dt 16:19-20).

Deus os abençoe (será que vão me segregar por isto?)


Guilhardes de Jesus Júnior é Professor da UESC e da FTC, Coordenador do NUPRAJ, Membro da Igreja Batista Memorial de Ilhéus, onde é professor de Escola Bíblica Dominical.
http://www.periodicoedireito.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=161&Itemid=31

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Além do pó...


Assim como caem as folhas,
cabelos também hão de cair
anunciando a nova estação
lembrando a você que...
nem sempre é verão...

Assim como a pedra desgasta,
seu corpo também vai se acabar
fazendo mais pó para o vento levar,
abrindo passagem pro tempo passar...

Mas, além do pó, existe uma eternidade para se viver!
Onde você você vai passá-la? Responda que eu quero saber...

(Grupo Novo Alvorecer, 1978)

Preparação para a Vida Eterna

Nota : Caro leitor segue trecho da Didatica Magna escrita pelo notável educador moravio Comenius. Embora eu discorde de alguns pontos, admiro a visão deste notável Cristão, um visionário de seu tempo. Esse texto contribui muito para uma reflexão a respeito de nossa missão nesta vida. Se você é uma daquelas pessoas que vive esta vida "como se fosse ficar aqui para sempre", te convido a esta indispensável reflexão. []'s
by: @shbel
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Didatica Magna
Iohannis Amos Comenius (1592-1670)

Capítulo III
ESTA VIDA NÃO É
SENÃO UMA PREPARAÇÃO PARA A VIDA ETERNA

Testemunhos desta verdade
1. Que esta vida, uma vez que tende para outra, não é vida (falando com rigor), mas um proêmio da vida verdadeira e que durará para sempre, tornar-se-á evidente, primeiro, pelo testemunho de nós mesmos; segundo, pelo testemunho do mundo; e, finalmente, pelo testemunho da Sagrada Escritura.
1. Pelo testemunho de nós mesmos.
2. Se lançarmos um olhar introspectivo sobre nós mesmos, veremos que todas as coisas da nossa vida procedem de tal modo gradualmente, que a antecedente prepara o caminho para a seguinte. Por exemplo: a nossa primeira vida desenvolve-se nas vísceras maternas. Mas em proveito de quem? Acaso em proveito de si mesma? De modo algum. Trata-se apenas de formar convenientemente um pequenino corpo para servir de habitação e de instrumento à alma, para comodidade e uso da vida seguinte, a qual vivemos à luz do sol. E apenas aquele pequenino corpo está perfeito, somos dados à luz, pois já não há nenhuma razão para que continue naquelas trevas. Do mesmo modo, portanto, esta vida que vivemos à luz do sol não é senão uma preparação para a vida eterna, de tal maneira que não é de admirar que a alma se sirva do corpo para conseguir aquelas coisas que lhe serão úteis para a vida futura. Apenas feitos estes preparativos, emigramos daqui, porque nada mais temos aqui a fazer. É verdade que alguns, antes que tenham feito esses preparativos, são arrebatados, ou antes, lançados no seio da morte, do mesmo modo que, nos casos de aborto, o feto é lançado fora do útero, não para o seio da vida, mas para o seio da morte; em ambos os casos, porém, isso acontece, é certo que com a permissão de Deus, mas contudo, por culpa dos homens.
2. O mundo visível foi criado somente para servir de sementeira, de alimentador e de escola aos homens.
3. Também o mundo visível, de qualquer parte que se olhe, atesta que não foi criado para outro fim senão para servir para a multiplicação, para a alimentação e para a educação do gênero humano.
     Com efeito, uma vez que a Deus não aprouve criar os homens todos juntos, no mesmo momento, como fez com os anjos, mas produziu apenas um macho e uma fêmea, dando-lhes, a fim de que, por via de geração, se multiplicassem, as forças necessárias e a sua benção, foi preciso conceder um espaço de tempo necessário para esta sucessiva multiplicação, pelo que foram concedidos alguns milhares de anos. E para que esse tempo não fosse um tempo de confusão, de surdez e de cegueira, fez a extensão dos céus, guarnecidos com o sol, a lua e as estrelas, e ordenou que estes astros, com as suas revoluções, servissem para medir as horas, os dias, os meses e os anos. A seguir, uma vez que o homem seria uma criatura corpórea, com necessidade de um lugar para habitar, de um espaço para respirar e para se mover, de alimento para crescer e de vestidos para se adornar, fez (na parte mais baixa do mundo) um pavimento sólido, a terra: e circundou-a de ar e banhou-a com as águas, e ordenou-lhe que produzisse plantas e animais multiformes, não apenas para satisfazer as necessidades do homem, mas também para seu deleite. E, uma vez que formara o homem à sua imagem, dotado de inteligência, para que também não faltasse à inteligência o seu alimento, derivou de cada uma das criaturas muitas e várias espécies, para que este mundo visível aparecesse como um lucidíssimo espelho da infinita potência, sabedoria e bondade de Deus, na contemplação do qual o homem fosse arrebatado por um sentimento de admiração pelo Criador e impelido a conhecê-lo e movido a amá-lo. Efetivamente, a solidez, a beleza e a doçura do Criador permanece invisível e escondida no abismo da eternidade, mas por toda a parte brilha por meio das coisas visíveis e presta-se a ser apalpada, observada e saboreada. Portanto, este mundo nada mais é que a nossa sementeira, o nosso alimentador e a nossa escola. Deve, por isso, existir um mais além («Plus ultra»), onde, uma vez saídos das aulas desta escola, nos matricularemos na Academia Eterna. Pela razão, portanto, consta que as coisas se passam assim; mas é ainda mais evidente pelas Sagradas Escrituras.
3. O próprio Deus o atesta com as suas palavras.
4. O próprio Deus afirma, pela boca de Oséias, que os céus existem por causa da terra, a terra por causa do trigo, do vinho e do azeite, e tudo isto por causa dos homens (Oseias, 2,22). Tudo, portanto, existe por causa do homem, até o próprio tempo. Com efeito, não será concedida ao mundo uma duração mais longa que a necessária para completar o número dos eleitos (Apocalipse, 6, 11). Apenas este número esteja completo, os céus e a terra desaparecerão e não se encontrará mais lugar para eles (Apocalipse, 20,7), pois surgirá um novo céu e uma nova terra, onde habitará a justiça (Apocalipse, 21,1 e 2; Pedro, II, 3, 18). Finalmente, até os nomes que as Sagradas Escrituras dão a esta vida dão a entender que esta não é senão uma preparação para outra. Com efeito, dão-lhe o nome de via, viagem, porta, espera; e a nós, o nome de peregrinos, forasteiros, inquilinos, aspirantes a uma outra cidadania, a qual será verdadeiramente permanente (Gênesis, 47,9; Salmo 29, 13; Job, 7, 12; Lucas, 12, 36).
A experiência.
5. Todas estas coisas são demonstradas pelos próprios fatos e pela condição de todos os homens, o que é colocado sob os olhos de todos nós. Com efeito, quem de todos os que nasceram, depois que apareceu no mundo, não desapareceu de novo? Precisamente porque somos destinados à eternidade. Porque, portanto, pertencemos à eternidade, é necessário que esta vida seja apenas uma passagem. Por isso Cristo disse: «Estai preparados, porque não sabeis em que hora virá o Filho do homem» (Mateus, 24, 44). E é esta a razão (sabemo-lo também pela Escritura) por que Deus chama deste mundo alguns ainda na primeira idade da vida: chama-os certamente quando os vê preparados como Enoc (Gênesis, 4, 24; Sabedoria, 4, 14). Porque é que, ao contrário, usa de longanimidade para com os maus? Sem dúvida, porque não quer surpreender ninguém não preparado, mas que todos se convertam (Pedro II, 3, 9). Se, todavia, algum continua a abusar da paciência de Deus, este ordena que seja arrebatado pela morte.
Conclusão.
6. Portanto, assim como é certo que a estadia no útero materno é uma preparação para viver no corpo, assim também é certo que a estadia no corpo é uma preparação para aquela vida que será uma continuação da vida presente e durará eternamente. Feliz aquele que sai do útero materno com os membros bem formados! Mil vezes mais feliz aquele que sair desta vida com a alma bem limpa!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pescador

É manhã pescador
Já se lança no mar
Pra pegar uns pescados
Pra ganhar uns trocados para se sustentar

Sol a sol com suor
Céu e céu, mar e mar
Quando enfrenta perigo
Logo lembra do amigo
Que não pôde voltar

Meia volta se faz
Não dá pra retornar
Some o sol, some a cor
Surge o medo e temor
E esquece da dor
E esquece do pão
E esquece o metal

Sabe que de sua vida se Deus não der guarida
O que vem é fatal
Pois se a vida é naufrágio
Todo o esforço é fracasso
Só Deus tem solução


VPC

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Eu só peço a Deus

Mercedes Sosa / Beth Carvalho
composição: Leon Gieco e Raul Ellwanger

Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria...


Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucado brutalmente...


Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande, pisa forte
Toda a pobre inocência desta gente...

É um monstro grande, pisa forte
Toda a pobre inocência desta gente!!!


Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
sem ter que fugir desenganado
pra viver numa cultura diferente...


Solo le pido a Dios
Que la guerra que no me sea indiferente
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente...


quinta-feira, 8 de julho de 2010

DEFINIÇÃO DE SAUDADE


Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.


Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.


Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!


Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.


— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!


Indaguei:

— E o que morte representa para você, minha querida?
Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
— É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!


Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.


Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
— E o que saudade significa para você, minha querida?
Saudade é o amor que fica!


Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.

Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.

ATITUDE É TUDO!!!

Seja mais humano e agradável com as pessoas.

Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.

- Viva com simplicidade.
- Ame generosamente.
- Cuide-se intensamente.
- Fale com gentileza.
- E, principalmente,
NÃO RECLAME!
.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sobre a vida...

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?


Charlie Chaplin

quinta-feira, 24 de junho de 2010

"E no fim, descobrimos que nada, nada nos pertence"


Ao ler esta frase percebi de pronto a frustração de sua autora. Então, tentei entrar em sua poética mente e entender a decepção pela qual passou antes de concluir tal pensamento. Percebi que por mais que lutemos e demos o melhor de nós mesmos, nada depende apenas de nós: tudo tem dois lados, que muitas vezes advém de realidades tão distintas. Com certeza esse pensamento é fruto de um desapontamento, talvez em decorrência de uma atitude mal-compreendida. O fato é que este pensamento está realmente certo, tão certo a ponto de ter o poder de reverter sua situação geradora. Se nos aprofundarmos nele perceberemos que nem mesmo as nossas próprias vidas nos pertencem, pois não somos nós que determinamos seu inicio ou seu fim. Então, porque complicamos tanto a felicidade e a tornamos tão dificil se ela poder ser tão simples... Porque teimamos em tentar controlar cada momento de nossa existência, se nem o momento e nem mesmo a existência nos pertencem? Cabe a nós deixar de ser meros espectadores do momento para nos tornar parte do elenco, atuando em cada cena o melhor que pudermos. Talvez assim possamos ter alguma coisa: nossas lembranças; nossas experiências vividas; as sensações que nos marcaram e que nos arrepiam a espinha cada vez que delas lembramos; os momentos que contribuiram para nos moldar, permitindo que nos tornássemos no que somos hoje; e no que ainda seremos, e deixaremos de ser. Realmente não temos nada, a não ser a chance de fazer, a cada momento, melhor do que fizemos no momento que se foi. Carpe Diem! Tempus fugit! E tenho dito...

by: @shbel

terça-feira, 22 de junho de 2010

Se eu pudesse...

“Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria acesso ao sentimento de amar
a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo
o que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria os erros que foram cometidos
para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse,
o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse,
um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo
a resposta e a força para
encontrar a saída."

(Mahatma Gandhi)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

AMANHÃ...


Já disse o poeta em sua melodiosa poesia:
“Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia!”

Li em algum blog por aí:
"Amanhã pretendo voltar a ser a pessoa que sempre sonhei
mas nunca fui"

O Amanha nos traz promessas de sermos humanos, piores e melhores,
e de termos medos, incertezas, angustias e nostalgias,
alegrias, amizades, e toda a fantasia,
e podermos, novamente, tentar ser nós mesmos !!!